Dilma Rousseff, la primera presidente elegida en Brasil, también se convirtió en la primera mujer en inaugurar la reunión anual de la Asamblea General de las Naciones Unidas (ONU) el 21 de setiembre. Históricamente, Brasil ha sido el país que inaugura las sesiones desde la primera, que se realizó en 1947.
Además del momento histórico, el discurso (versión completa disponible en línea) se vio marcado por el coraje a través de la indirecta crítica de Rousseff a un «primer mundo» en crisis. También habló acerca de la defensa de los derechos humanos, el reconocimiento de Palestina como estado y miembro de la ONU, la continuada ocupación en Haití y la renuncia de Brasil a usar armas nucleares – aun cuando se construirán más plantas de energía nuclear en el país.
Momento histórico
Hugo Albuquerque, del blog Descurvo, resume [pt]:
Nunca na história deste planeta uma mulher fez o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU. (…) Dilma foi precisa ao enfocar a gravidade da crise mundial, saudar a ascensão da Primavera Árabe, tocar no problema de gênero e, sobretudo, exortar o reconhecimento do Estado Palestino.
Cristina Rodrigues, del blog Somos Andando, complementó [pt]:
(…) falou pela paz, criticou a violência, em um recado direto aos Estados Unidos. Pediu o espaço pro Brasil. Afirmou o papel das mulheres. Defendeu, sem meias palavras, deixando implícita uma crítica, a criação do Estado Palestino (no que foi muito aplaudida, o que demonstra que uma minoria poderosa impede os anseios da maioria). E deu uma aula de humanidade e solidariedade, refletindo a atitude do governo do qual foi parte por oito anos: “Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos”.
El periodista y blogger Rodrigo Vianna seleccionó algunas partes clave del discurso de la presidente Dilma y los publicó en su blog, Escrevinhador, además de explicar [pt] la relevancia del discurso:
Foi importante porque Dilma se diferenciou da baboseira (neo) liberal que ainda sobrevive no chamado mundo desenvolvido (e sobrevive também entre “colunistas” e “analistas” que pensam o Brasil feito girafas: têm os pés na América do Sul e a cabeça em Londres ou Washington). Dilma falou na necessida de controlar capitais. Os colunistas de economia brazucas devem ter sofrido uma síncope nervosa. Controle? Capitais devem ser livres. Controle, só para as pessoas.
Críticas
El discurso de Dilma fue histórico, pero también ha recibido muchas críticas, ya sea por su tono o por la brecha entre el discurso y las verdaderas prácticas del gobierno brasileño, como lo analizó [pt] el profesor y periodista Mauricio Santoro:
Em suma, a presidente está em bom momento internacional, mas convém não esquecer que os problemas e contradições de seus aliados no governo representam obstáculos para que o país alcance os objetivos ambiciosos de sua política externa.
El blogger y activista Leonardo Sakamoto señaló serios problemas [pt] sobre la diferencia entre el discurso y la práctica, sobre todo en lo referente a Belo Monte, la planta energética que ha significado una enorme controversia y disputas legales [pt] que, según Sakamoto, pone en riesgo a la mayoría de comunidades indígenas brasileñas:
(…) Mas soa irônico o governo brasileiro pagar de progressista lá fora e ser reacionário aqui dentro.
O Brasil tem tentado parecer o “bom moço” da comunidade internacional, mas nem sempre aplica a mesma cartilha internamente. Por exemplo, a defesa dos direitos humanos. (…)
Como um país que declara em seu discurso à Assembléia Geral das Nações Unidas que deseja um assento no Conselho de Segurança ignora uma solicitação de outro organismo internacional, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos, para que interrompa a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte até que os indígenas sejam devidamente ouvidos.
Pero suena irónico que el gobierno brasileño se las dé de progresista afuera y sea reaccionario adentro.
Brasil ha estado tratando de parecer el «buena gente» de la comunidad internacional, pero no siempre aplica la misma táctica internamente. Por ejemplo, la defensa de los derechos humanos. (…)
Como país, declara en su discurso a la Asamblea General de las Naciones Unidas que quiere un asiento en el Consejo de Seguridad, pero ignora una solicitud de otro organismo internacional, la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH), vinculada con la Organización de Estados Americanos, de interrumpir la construcción de la planta hidroeléctrica de Belo Monte hasta que los indígenas sean escuchados debidamente.
Las críticas también llegaron del izquierdista Partido Socialista de los Trabajadores Unificado (PSTU), publicadas [pt] en el Diário da Liberdade, en contra de tener fuerzas en brasileñas en Haití, en contra del recorte del gasto público y del empobrecimiento de los trabajadores, sobre todo en contra del modelo económico adoptado por la presidente:
Entre omissões, distorções e meias verdades, o discurso de Dilma não trouxe nenhuma novidade, apesar do simbolismo de sua própria presença naquele palanque.
(…)
O discurso de Dilma foi bonito. Seria melhor, porém, que fosse embasado na realidade, para que o entusiasmo de tanta gente, em especial a de mulheres trabalhadoras, não fosse em vão.
(…)
El discurso de Dilma fue bonito. Pero podría ser mejor si estuviera basado en la realidad, para que el entusiasmo de tantas personas, sobre todo las trabajadoras, no fuera en vano.
Además, André Kenji, del blog Dissidência, comentó [pt] sobre el deseo de Brasil de ser parte del Consejo de Seguridad de la ONU:
Muitas das críticas – incluindo deste blog – da participação do Brasil no CS partem do princípio que a política externa do Brasil é pouco consistente e de que a diplomacia brasileira não tem respostas para algumas das questões mais cruciais envolvendo questões diplomáticas (Isso quando não passa a mão na cabeça de ditadores brutais tendo em vista apenas interesses comerciais).
El blogger y juez Saraiva, en su blog Saraiva 13, resume [pt] lo que considera ha sido un momento histórico para Brasil en la defensa de la promoción de la paz y los derechos humanos alrededor del mundo:
Dilma defendeu as liberdades democráticas e os direitos-humanos, como era previsível. Surpreendente foi Dilma tirar apenas o foco de países africanos e do oriente, como as potências imperialistas gostam de fazer, e chamar à responsabilidade o chamado primeiro-mundo, condenando as violações de direitos humanos nestes países ricos através da xenofobia, do racismo, da pena de morte, da miséria. Em todo o discurso defendeu uma ordem mais justa para os países pobres, desenvolvimento sustentável em vez de bombas, soluções para o Oriente Médio, o Estado Palestino. Enfim, arrastou as fichas, conquistando corações e mentes do terceiro mundo, já bastante simpáticos ao Brasil.
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