Angola se ha preparado para ir a las urnas el viernes 31 de agosto de 2012. La atmósfera en las calles de Luanda es de calma. En las mesas de los cafés, la gente habla emocionada acerca del acontecimiento. Los fines de semana, en algunas partes de la ciudad, la esperanza por las elecciones cobra vida con fiestas en los patios con mucha música, comida y bebida, al verdadero estilo angoleño. Ambas reuniones las promueven los partidos y entes privados.
Estas serán las terceras elecciones generales desde la independencia, en 1975. Las primeras, en 1992, tuvieron como resultado el retorno a la guerra civil, que terminó recién en 2002, y en setiembre de 2008, José Eduardo dos Santos, en el poder durante 33 años con el histórico MPLA (Movimiento Popular de Liberación de Angola), fue elegido con más del 80% de los votos. Hay cinco partidos en contienda y cuatro coaliciones que ocuparán los 220 escaños en la Asamblea Nacional. El jefe de la lista del partido o coalición que obtenga la mayoría de los casi diez millones de votos de Angola será el próximo jefe de estado.
Mientras esperaban el día, los angoleños se manifestaron poniendo banderas de los partidos en sus casas y autos. En los muros se ven fotos de los candidatos y los medios han dado gran cobertura al día con la esperanza de ser justos y estar imbuido con el espíritu de la paz.
Desde el comienzo, han sido numerosas las críticas de la turbia cobertura de los medios de la campaña electoral, como informó [en] Human Rights Watch.
En Hukalilile [pt], se menciona el hecho de que el MPLA controla los medios:
Uma das coisas que me assusta é ver como a imprensa pública faz a propaganda sem escrúpulo em favor do partido no poder. A Comissão Nacional Eleitoral , órgão responsável pelo processo eleitoral não se manifesta sobre o assunto, como se isso fosse normal. (…) Uma outra situação meio embaraçosa são os comentaristas políticos que aparecem na televisão pública e na Rádio Nacional de Angola que não mantém a equidistância. Em seus comentários são muito ásperos contra os partidos da oposição. Ou seja, o MPLA para além do horário de propaganda política possui mais outros horários extras (serviços noticiosos ou em outros programas , além da transmissão «ao vivo» de programas de carácter partidário).
El jurista Fernando Macedo, en el blog Central 7311 [pt], dio en el clavo:
Na minha opinião, as eleições que estão em curso são eleições autoritárias, porque direitos fundamentais continuam a ser violados. Por exemplo, o direito de não sofrer violência física nem ser perseguido por terceiros por causa das nossas opiniões; direito de informar, de ser informado e de se informar; direito a não ser privado da liberdade de forma ilegal; direito de denúncia baseada em factos verdadeiros contra actos de agentes dos poderes públicos; direito à informação objectiva e verdadeira e direito a comentários diversificados no quadro do contraditório e o direito a que as divergências ou reclamações de terceiros ofendidos sejam resolvidos em tribunal e não por via de grupos organizados com o auxílio de órgãos do Estado. Elas são ainda autoritárias porque os meios e recursos do Estado, sobretudo dos órgãos de comunicação social do Estado, são usados para servir apenas um partido e quem está no poder e desse lugar compete nas eleições de maneira desleal.
En Angola Sempre [pt], se hace un breve análisis del ambiente preelectoral, y se hace referencia a la maniobra política del MPLA:
O MPLA passa grande parte do tempo a remendar os estragos visíveis de uma má governação de mãos dadas com a corrupção galopante que percorre todos os corredores do poder centralizado em Luanda. As inaugurações sucedem-se num ritmo acelerado para esconder décadas de incompetência e compadrio. A HORA da mudança chegou!
El autor del blog Pululu [pt] expresa lo que siente la mayoría de angoleños, el deseo de que estas elecciones conviertan a Angola en un país desarrollado:
Que o 31 de Agosto não seja o fim mas o início de uma sã e competitiva caminhada democrática entre os candidatos eleitos a favor de uma única via: desenvolvimento social, político e económico de Angola!